03 jul

Como membros das Empresas Familiares devem programar retiradas

Empresa familiar tem vários pontos positivos, sobretudo por possuir uma união em prol não só dos negócios, mas da família. O que muitos não visualizam é que manter uma gestão amadora pode gerar passivos lá na frente, seja de ordem tributária, fiscal e/ou trabalhista, bem como sangrias indevidas, falta no caixa, falta de produtividade, ociosidade, etc.

Nesse artigo vamos focar a princípio na questão financeira a nível administrativo, em como a empresa familiar lida com dinheiro!

Você empresário ou gestor, já deve ter presenciado a retirada do caixa direto, sem registrar, lançar, informar pró-labore para a contabilidade, etc. Isso gera um descontrole muito grande! Sem o pleno registro, as vezes o empresário (ou membros da família do modo geral) tira além do necessário e isso impacta no fluxo de caixa da empresa. É aquela coisa: se a saúde da empresa vai mal, que é a galinha dos ovos de ouro, logo a união da base família vai ser impactada também!

Vamos revisar alguns conceitos importantes que justificam retiradas:

  • Pró-labore: significa “pelo trabalho” em latim e funciona como um salário para o sócio e gestor da empresa. Recebe quem efetivamente exerça atividade na empresa
  • Dividendos: é a divisão dos lucros da empresa com base nas cotas do contrato social. Recebem ao final de um período os sócios legais

Portanto, se há membros da família que trabalham na empresa e possui ações, o ideal é estabelecer um PRÓ-LABORE fixo para que não haja uma retirada além do que a empresa possa suportar. Ao final do exercício, pode ser ser apurado o resultado líquido da empresa, através da DRE e estipulado uma distribuição dos resultados, sempre para os meses futuros, não comprometendo o fluxo de caixa.

Já os que possui ações, podendo ser ou não “força de trabalho” na empresa, devem retirar apenas após apurado o resultado. O que acontece bastante é que membros da família, que não trabalham na empresa e possuem ações, retiram de forma indiscriminada, muitas vezes se igualando ao sócio que está de fato ativamente na operação.

Se na sua empresa não existe isso, a curto prazo você deve:

  1. Elaborar um relatório de retirada dos sócios/membros da família
  2. Estabelecer um valor fixo mensal
  3. Remunerar mensalmente ou quinzenalmente, se for o caso
  4. Registrar todas as retiradas para não superar o valor estabelecido

Isso parece ser uma coisa simples, e de fato é, mas a maioria esmagadora das empresas familiares isso não ocorre! Isso por si só já enquadra os sócios da empresa e familiares em um orçamento doméstico, o que também é comum não haver.

Fizemos um post no Instagram falando um pouco mais sobre isso, veja: clique aqui

Esperamos ter despertado em você a importância desse planejamento, pois é de fato crítico para a saúde da empresa!

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